Que não podemos nos furta a aceitar o desenvolvimento de uma cidade como um todo, não temos dúvidas. Os tempos modernos exigem caminhos cada vez mais perfeitos e capazes de permitir deslocamentos mais rápidos para veículos cada vez mais velozes.
Enfiada entre várias rodovias que cortam o estado de São Paulo por inteiro, Campinas se vê, dia a dia, sendo alterada em seu traçado urbano. Um desses veios circulatórios, a Rodovia D. Pedro I, liga a Rodovia Anhanguera à Rodovia Presidente Dutra com seus mais de 140 km de extensão e foi inaugurada em 1972.
De lá para cá as mudanças foram inúmeras, inluindo o fato de que em 2 de abril de 2009 foi concedida pelo Governo do Estado de São Paulo para a concessionária Rota das Bandeiras, pertencente ao grupo Odebrecht, por meio de um contrato de concessão com validade de 30 anos.
Com dinheiro público farto e mais o que entra pelos pedágios das vias sob sua administração, a Concessionária tem feitos mudanças sistemáticas nas pistas norte e sul da rodovia, bem como tem implementado quilômetros de marginais.
Com isto, se por um aldo ela facilita a vida de quem tragega pelas vias com veículos que pagam os pedágios, por outro interfere emuito na vida dos que moram em bairros à margem da D. Pedro.
Mais uma vez, moradores vão sofrer com as melhorias nas vias marginais próximas ao Hipermercado Carrefour. Dos bairros Nilópolis e Genêsis, por exemplo, já não será mais possível ir ao centro de compras por passagem de pedestres, pois a existente na margem da rodovia foi retirada e não será reativada.
Quem anda a pé está fora da Rota dos veículos, que pagam os caros pedágios para alegria dos donos da concessão.