A cidade de Campinas se apresenta no contexto nacional como metrópole pujante e desenvolvedora. Mas apesar de todo seu dinamismo e um parque científico de alta qualidade, o poder público não é capaz de colocar em prática um Plano Diretor que já vem sendo discutido a tempos, sem uma proposta de consenso da comunidade.
O entravamento do processo, é claro, está na disputa de dois setores envolvidos diretamente: os empreendedores imobiliários que querem - a todo custo - ampliar áreas para seus empreendimentos e as entidades civis que querem evitar - a todo - custo esta expansão considerada injustificada.
Assim, de reunião em reunião, a cidade vai vendo o Plano Diretor discutido, rediscutido, mas não aprovado. Por nenhuma vertente.
Sem o Plano Diretor inclusivo a cidade fica a mercê da especulação imobiliária que avança sobre áreas verdes intocáveis, mesmo com a contraposição de entidades.
É urgente que a população se envolva nessa discussão para pressionar o poder público a buscar soluções racionais, de planejamento, com ferramentas urbanísticas adequadas.
Ou continuará a cidade perdida no emaranhado de reuniões onde muito se discute e pouco - ou quase nada - se decide.