Campinas, 20 de Abril de 2024
TRISTE COINCIDÊNCIA - ESPECIALISTA DA UNICAMP TEM TRABALHO SOBRE ACIDENTE DE BICICLETA
31/07/2010
Notícia publicada na edição n.27 do Jornal Alto Taquaral
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COINCIDÊNCIA
Esta matéria foi produzida antes do acidente que vitimou o
ciclista na Rua Jasmim
                                               

DOMINGO NA LAGOA
Na foto menor, familia passeia protegida por capacetes.
Na maior, ciclista de velocidade não usa o equipamento


Uma pesquisa feita pelo cirurgião dentista José Luis Muñante - Cárdenas da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/UNICAMP) indica que 27% dos traumatismos faciais em crianças são causados por acidentes de bicicletas. Na Lagoa do Taquaral é possível perceber as duas realidades: enquanto os tradicionais freqüentadores usam o capacete, outros desprezam a segurança, colocando em risco até os familiares.
 
Segundo a pesquisa do dentista, dos 757 pacientes de trauma facial analisados nas cidades de Piracicaba, Limeira e Rio Claro, 27% tinham suas origens em acidentes ciclísticos. Destes 27% dos acidentados, 98% não usavam nenhum dispositivo de proteção.
 
Para Muñante- Cárdenas, esse número é muito elevado e preocupante. “O nível medido na literatura internacional é de 4% a 15%. Na nossa região foi de quase 30%, um número muito elevado”, revela o cirurgião.
 


Rafael Antonio, morador no Chácaras Primavera, pedala profissionalmente há 18 anos e usa o capacete, mas concorda que o equipamento não evita ferimentos e traumas nas partes descobertas, principalmente na região do queixo. Ele já sofreu várias quedas, uma inclusive a 70 km/h e mostra as cicatrizes no queixo. “A queixeira avulsa não protege e já pensei em desenvolver um capacete mais adequado para proteção do ciclista, leve e com queixeira”, declarou. Rafael pedala cerca de 3mil km/mês e sua melhor classificação foi há cerca de dois anos, quando conquistou o 3º lugar na maratona Campinas - Rio de Janeiro, no total de 600 km percorridos.

Porém, nem todos têm a mesma preocupação que Rafael. Artur Querido possui 40 bicicletas disponíveis para aluguel em frente ao portão principal do Parque Portugal, todas acompanhadas de capacetes, porém a maioria se recusa a usar o acessório. “Eu me preocupei em comprar os capacetes, mas é muito raro alguém o solicitar”, revela Artur. Para o comerciante, o não uso do capacete nos ciclistas é uma falta de costume e de obrigação, assim como o acessório era nos motociclistas e o cinto de segurança nos motoristas. “Enquanto não houver uma obrigação e uma fiscalização, ninguém usará”, afirma.

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