Campinas, 18 de Abril de 2024
MORADORES DE ALPHAVILLE QUEREM MAIS SEGURANÇA
26/08/2017
Notícia publicada na edição n.112 do Jornal Alto Taquaral
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VINTE ANOS DEPOIS, SEGURANÇA DEFICITÁRIA.

A reunião do mês de agosto no Conselho de Segurança do Taquaral deve se tornar um marco na vida do Condomínio Alphaville Campinas. Pela primeira vez, em vinte anos do condomínio e também do Conselho, moradores de lá participaram da reunião para reclamar da falta de segurança e da administração, na tentativa de obter ajuda do colegiado.

A reclamação principal é relacionada à segurança local que, segundo os moradores, há muito está deixando a desejar e os casos mais comuns seriam de invasão de residências com ou sem moradores dentro. Diante dos fatos, e do que consideram negligência por parte da administração, um grupo de cerca de 180 moradores criaram uma rede de comunicação pelo celular através do aplicativo wathsapp e foi em nome deste grupo que alguns moradores falaram na reunião.

Assim surgiu a idéia de recorrer ao Conseg Taquaral para tentar criar um núcleo de ‘Vizinhança Solidária’ dentro do condomínio formado, no mínimo, pelos moradores que integram o grupo de descontentes. A atual situação do luxuoso condomínio tem sido motivo de piadas na rede de computadores onde surgiu inclusive o apelido “Alphavella’, uma corruptela ao nome Alphavile, relacionando-o a favelas onde normalmente a segurança é deficitária, gerando muito descontentamento.

Além da falta de segurança especificamente, houve relatos sobre o que eles consideram uso indevido do espaço social do condomínio que deveria ser utilizado apenas por moradores, mas tem abrigado festas abertas ao público inclusive com venda de convites, como foi o caso da última Festa Junina que teria recebido público de aproximadamente 5 mil pessoas. Isto faz com que o controle sobre uso de drogas ou de álcool por menores de idade fique praticamente impossível de ser implementado pela segurança interna, além de facilitar a ação de criminosos que se aproveitam da situação.

Os moradores reclamam também pela falta de prestação de contas sobre os recursos arrecadados na festa e seu destino. A deste ano, por exemplo, teria sido patrocinada, inclusive, por revenda de marca famosa de veículos. Mesmo com todas estas características, o evento, segundo os moradores, não possuía alvará para funcionamento. Na Prefeitura teriam sido informados que a documentação até foi solicitada, mas o alvará não foi liberado levando os organizadores a realizá-lo com respaldo de medidas judiciais.

CONSEG NÃO ENDOSSA

A diretoria do Conseg Taquaral avaliou o pedido dos moradores do Condomínio Alphaville para a criação de um núcleo interno de “Vizinhança Solidária’ e decidiu indeferir a solicitação. Segundo Armando Madeira, presidente da entidade, a reivindicação foge aos princípios do programa. “Todos os núcleos criados até agora congregam moradores de um mesmo bairro ou de condomínios que se agruparam como é o caso do núcleo que leva o nome de Alphaville e tem na sua formação os condomínios San Rafael, Golden Square, Parque e Reserva dos Alecrins, Quaresmeiras e Mont Blanc e onde o Condomínio Alphaville devia estar incluído”.

Além disso, o presidente do Conseg ponderou as reclamações dos moradores na reunião de agosto do Conselho e acredita que sejam questão de cunho interno do Condomínio. “O Conseg não tem como intervir sobre realização de festas pelos moradores do Alphaville ainda que sejam apontadas irregularidades como no caso da Festa Junina. Eles devem levar os problemas à administração e até a assembleia dos moradores.”

Para a implantação de um núcleo de Vizinhança Solidária é necessária toda uma estratégia anterior e, depois, para a manutenção do sistema é necessário contar com rondas periódicas e frequentes da PM com suas viaturas, o que seria impraticável no interior do Alphaville que conta com segurança própria e armada.

VIZINHANÇA SOLIDÁRIA

O projeto ‘Vizinhança Solidária’ surgiu em maio de 2010, quando os representantes do Conselho Comunitário de Segurança Centro Santo André - CONSEG, tiveram a ideia de implantar o então ‘Projeto Vizinho Solidário’, na região abrangida pelo Conseg, por consequência a área da 1ª Companhia do 41º BPM/M e 1º Distrito Policial. Em Campinas a primeira iniciativa foi no bairro Parque Taquaral em 2012 implantada na gestão de Marcos Alves Ferreira como presidente do Conseg Taquaral. É considerado um dos núcleos mais bem sucedidos.

Hoje existem núcleos regulares também no Jardim Madalena, Rossi Le Monde, Parque das Flores, Gargantilha, Carlos Gomes, Recanto dos Dourados, e dois nú- cleos com o nome de Alphaville, O Alphaville Residencial incluindo os condomínios San Rafael, Golden Square, Parque das Acácias e Reserva dos Alecrins, Quaresmeiras e Mont Blanc e o núcelo Alphaville Empresarial que inclui a empresa Flex e a Pec. O núcleo Parque Imperador também é composto por vá- rios condomínios localizados naquele bairro.

Alphaville propaga ‘Plano Diretor de Segurança’

Segurança vai além dos elementos físicos de proteção e do aparato tecnológico de última geração utilizado para proteção dos empreendimentos. Em Alphaville Campinas, o ambiente de tranquilidade que permite às famílias circular despreocupadas dia e noite tem origem na combinação de fatores que se complementam, gerando um código de comportamento social. Planejamento inteligente, cultura de prevenção e o modelo participativo de gestão de Alphaville são pontos fundamentais na garantia de segurança para proprietários, trabalhadores e visitantes. Cada projeto Alphaville tem um Plano Diretor de Seguran- ça, resultado de estudos da região destinada às implanta- ção do empreendimento. Aspectos como o posicionamento da portaria, a colocação de muros e grades e os locais para instalação de equipamentos de segurança são determinados por análises do terreno, mas também pelas peculiaridades do entorno. As normas de convívio estabelecidas nos empreendimentos também abrangem orientações aos moradores sobre a necessidade de adotar um comportamento preventivo. A Associação Alphaville local promove encontros perió- dicos com autoridades civis e policiais. Esse contato permitiu aos gestores do empreendimento criar uma rede de autoproteção mantida por meio de um sistema integrado de comunicação com órgãos como a polícia, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. A troca de informações entre comunidade e autoridades locais facilita a identifica- ção e a solução de problemas, criando uma rede de autoproteção. (Texto extraído do site).

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