Campinas, 24 de Abril de 2024
ESPECIAL: DIA DAS MÃES - BEBÊ, MÃE E EMPRESA
07/05/2017
Notícia publicada na edição n.108 do Jornal Alto Taquaral
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NASCE UM BEBÊ, UMA MÃE E UMA EMPRESA

Pesquisas mostram que muitas funcionárias de empresas privadas não retornam ao trabalho depois da licença maternidade, optando por empreender.

 CADA SEMANA REPRESENTA UM PROGRESSO IMPORTANTE PARA A FORMAÇÃO DO FETO

O início do período gestacional é calculado de acordo com o primeiro dia do último ciclo menstrual. A partir daí, as 40 semanas que compõem a gestação são fundamentais para a formação do bebê.    

 Acompanhe abaixo como ocorre o desenvolvimento da criança a cada mês:

       Primeiro mês - A fecundação – união entre o óvulo e o espermatozóide – dá origem ao zigoto, que se instala no útero após uma série de divisões celulares. Nesse momento, a placenta também começa a se formar, envolvendo o embrião com o líquido amniótico, que auxilia na alimentação do embrião e o protege caso a mãe sofra uma queda. Ao fim do primeiro mês, ele mede entre 0,4 cm e 0,5 cm.

Segundo mês - No segundo mês, o coração bate de forma acelerada, aproximadamente 150 vezes por minuto. É nessa fase que se inicia a formação do sistema nervoso e dos aparelhos digestivo, circulatório e respiratório. Os olhos, a boca, o nariz, os braços e as pernas também começam a se desenvolver. O comprimento do embrião chega a 4 cm.

Terceiro mês - O período fetal, que começa no terceiro mês de gestação, é marcado pelo desenvolvimento do esqueleto, das costelas e dos dedos de mãos e pés. Todos os órgãos internos se formam até o fim do mês, quando o feto mede 14 cm.

Quarto mês - Nessa fase, o bebê mede cerca de 16 cm e começa a se movimentar, sugar e engolir. Ele também é capaz de perceber alterações de luz e diferenciar gostos amargos e doces.

Quinto mês - A partir do quinto mês, nascem os primeiros fios de cabelo, os cílios e as sobrancelhas. Formam-se as trompas e o útero nas meninas e os órgãos genitais dos meninos podem ser vistos no exame de ultrassom. O bebê tem cerca de 25 cm de comprimento e consegue realizar movimentos como franzir a testa e chupar o dedo.

Sexto mês - O bebê mede cerca de 32 cm e consegue reconhecer sons externos, especialmente a voz e a respiração da mãe. Lábios e sobrancelhas começam a ficar mais visíveis e as pontas dos dedos apresentam sulcos que se tornarão as impressões digitais.

Sétimo mês - O bebê mede entre 35 cm e 40 cm. Dentro do útero, boceja, abre os olhos, dorme e se movimenta. Os órgãos internos continuam crescendo e ele ouve e reage a estímulos sonoros, como músicas e conversas.

Oitavo mês - Nesse período, o bebê mede entre 40 cm a 45 cm e começa a se preparar para ficar em posição de parto – de cabeça para baixo. Para ajudar a manter a temperatura do bebê depois do nascimento, uma camada de gordura se forma sob a pele. Os pulmões estão quase prontos e os ossos ficam mais resistentes.

Nono mês -O bebê mede entre 45 cm e 50 cm, todos os órgãos estão completamente formados e ele já consegue controlar a respiração. Em torno da 40ª semana, ele está preparado para nascer.

MUITAS MÃES NÃO RETORNAM PARA SEUS EMPREGOS DEPOIS DA LICENÇA MATERNIDADE

Nasce um bebê e uma empresa

Menos da metade das funcionárias de empresas privadas retornam ao trabalho depois da licença maternidade e muitas optam por empreender para ficar mais próximas dos filhos.

No V Fórum Empreendedoras, realizado em setembro do ano passado em São Paulo, uma pesquisa divulgada apontou que 75% das mulheres decidiram empreender após a maternidade. Na classe C, o percentual aumenta para 83%.

A pesquisa, organizada pela Rede Mulher Empreendedora, com patrocínio de grandes empresas, ouvindo 1.376 mulheres em todas as regiões, revelou que 68% trabalham em casa. Foi com dados como esses, somado ao nascimento de seu filho, que a empresária Dani Junco  decidiu se unir a outras 4 profissionais  e criar a B2Mamy, primeira aceleradora de projetos com foco em mães empreendedoras. O projeto, incubado pela empresa paulistana Yello Hello, tem como objetivo impulsionar e consolidar negócios de mulheres que vivem essa realidade.

Esta realidade, segundo a consultora especializada em redes de negócios e franquias, Lyana Bittencourt, está muito ligada à necessidade de complementar o orçamento doméstico ou também a de buscar uma situação financeira melhor para cuidar dos filhos.

Empreender não é tarefa fácil. Muitos negócios começam pequenos, em casa, e depois crescem, precisando de espaço e também de conhecimento. Pesquisas do Sebrae já apontaram que muitos dos negócios não sobrevivem muito tempo pela falta de conhecimento em gestão.

“As pesquisas que o Sebrae tem feito mostram que a mulher tem um papel cada vez mais ativo no mercado, seja como empresária ou como trabalhadora, mas não deixou de lado o seu papel na educação dos filhos e no lar. O que vemos é que elas estão conciliando a profissão com os afazeres domésticos e cada vez mais tem buscado qualificação por não aceitar o amadorismo”, explica o diretor técnico do Sebrae do Maranhão, José Morais.

Para quem quer empreender, o Sebrae oferece alguns cursos básicos e gratuitos pelo sistema de Ensino à Distância na Internet. “O fator determinante para o aumento do número de mães que empreendem é a flexibilidade para administrar o próprio tempo. Gerenciar a própria empresa permite que consigam dividir o trabalho com outras atividades da vida familiar, como a  criação dos filhos. Isso não quer dizer que elas trabalhem menos, mas ganham autonomia para escolher seus horários”, comentou a diretor do Sebrae no Maranhão.

Dani Junco, quando decidiu abrir a B2Mamy se baseou em uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half. Ela apontou que 85% das mães não retornavam ao trabalho depois da licença. Com a experiência das sócias na mentoria de empresas Startups, a B2Mamy criou uma metodologia de aceleração em uma trilha que dissemina informações essenciais para empreendedoras, preparando as mães para apresentá-los a investidores e norteando as ações estratégicas do seu negócio.

“Quando não temos filhos, já é bem difícil a gente trabalhar com algo que não gostamos e não acreditamos. Quando nos tornamos mães, cada segundo longe dos nossos filhos tem que fazer muito sentido. Acreditamos que uma mãe pode encontrar um caminho de equilíbrio entre sucesso profissional e participação ativa na educação e criação dos filhos”, afirma Dani.

Por isso, o intuito do programa é não só orientar as mães que tem ideias de negócios, mas também trazer investimento para aqueles selecionados, de forma a impulsioná-los de forma sustentável, introduzindo essas mulheres ao mundo das startups.

PRIMEIROS PASSOS

As chances de sucesso em qualquer negócio novo aumentam consideravelmente quando ele está relacionado ao conhecimento que a empreendedora já tem sobre o ramo no qual vai querer atuar.

 O segundo passo é se qualificar e fazer pesquisas. Na Internet há diversos cursos e oficinas gratuitas que ensinam o básico sobre qualquer negócio. Um dos pontos principais é fazer uma plano de negócios para levantar a necessidade do investimento inicial, possíveis clientes e também para projetar o faturamento.

Outro ponto importante é nunca usar o dinheiro do novo negócio para as despesas do dia a dia da casa. A empreendedora corre o risco de ficar sem capital de giro para dar continuidade ao trabalho. O correto é sempre definir uma retirada mínima e se sobrar dinheiro, deixar no caixa da nova empresa para reinvestir.

 Como a mãe empreendedora vai ficar sem direitos previdenciários, como licença saúde, é necessário pensar em regularizar o negócio. Hoje, existe o Micro Empreendedor Individual. Quem fatura até R$ 60 mil por ano pode ter seu CNPJ, emitir Nota Fiscal e contribuir para a Previdência Social garantindo auxílios para os casos cobertos e também para sua aposentadoria.

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