Campinas, 26 de Abril de 2024
BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ELEIÇÕES - Thiago Moreira
23/09/2016
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 Breves considerações sobre as eleições em Campinas

Thiago Moreira

Morador do Bairro Parque Taquaral, associado da AMo Parque Taquaral

 Nestas eleições municipais de 2016 temos inovações, como o tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV e o prazo de campanha mais curtos. E temos ainda a saudável proibição ao financiamento empresarial de campanhas.

Em decorrência deste novo cenário, um grupo de munícipes e integrantes de associações de moradores que representam bairros da região de cobertura do JAT foi procurado neste primeiro turno por três candidaturas ao Executivo Municipal que buscaram diálogo com a população local.

As conversas foram agendadas e realizadas com os candidatos Artur Orsi (PSD) em 4/8, Marcela Moreira (PSOL) em 23/8 e com Márcio Pochmann (PT) em 1/9.

Nos encontros foi igualmente proposto aos candidatos que apresentassem seus diagnósticos, seguidos de suas propostas à cidade.

Cada um dos encontros foi concluído com a apresentação aos candidatos de demandas da população da região, em geral pleitos históricos da coletividade não atendidos.

Tendo em vista que os moradores e representantes dos bairros da região participam de atividades públicas relativas aos novos Plano Diretor e Legislação de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), os três candidatos foram especialmente sensibilizados pelos munícipes para que, no trato da coisa pública, os futuros prefeito e vereadores de Campinas cumpram a sua obrigação de observar a transparência e o acesso à informação, respeitando o direito à efetiva participação da população em todos os atos das próximas gestão e legislatura e sobretudo nas legislações urbanísticas.

Os três candidatos ouviram as preocupações dos moradores quanto a ausência generalizada de planejamento.

Tomaram ciência que a municipalidade sequer aparenta reconhecer os passivos acumulados decorrentes do (des)planejamento vigente em Campinas nas últimas décadas, passivos estes que impactam a insuficiente e inadequada infraestrutura existente e via de regra reduzem a qualidade de vida na cidade.

Os moradores externam insatisfação quanto a falta de uma visão integrada de longo prazo, que trate tanto das grandes “macro” questões da cidade – acerca do planejamento urbano, da mobilidade urbana, da provisão de infraestrutura e de serviços públicos, da sustentabilidade em sentido amplo, entre outras – como também sentem falta de mudanças na cultura e nas práticas políticas que se reflitam em probidade, eficácia e eficiência na gestão municipal.

Solicitam que seja construída coletivamente a articulação dos grandes temas, desdobrando-os em ações coerentes e consistentes no plano “micro”, ouvindo a população e contemplando as especifidades existentes nos bairros e regiões.

Os problemas existentes no presente e os desafios colocados para o futuro de Campinas requerem  novas e melhores posturas do Executivo e do Legislativo municipais, assim como dos órgãos institucionais de fiscalização e controle, das entidades da sociedade civil e da imprensa.

Mas a todos nós munícipes cabe também uma participação cidadã mais ativa, que passa não só por boas escolhas nas urnas, mas também por constante acompanhamento dos eleitos no cumprimento de suas plataformas e programas de governo, metas e promessas, compromissos firmados com a população.

Neste pleito municipal temos candidatos à prefeitura de Campinas preparados para debater e que, alguns deles neste período de campanha, se mostram dispostos ao diálogo com a população.

Esperamos que após a apuração das urnas os eleitos em Campinas mantenham a postura do período da campanha e não se esqueçam do que falaram, mas sobretudo do que ouviram do eleitorado.

 

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