Campinas, 27 de Abril de 2024
R. LUIS DE PÁDUA: OBRA FORA DE PADRÃO É SUSPENSA
30/07/2016
Notícia publicada na edição n.99 do Jornal Alto Taquaral
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 As obras de infraestrutura que precedem a pavimentação da Rua Luís de Pádua (bairro Santa Cândida) foram novamente paralisadas no início de julho. Depois de moradores questionarem, a Prefeitura e a empresa MRV admitiram que a obra foi interrompida para ‘adequações no projeto’. O comunicado de suspensão do trabalho - até que possa ser retomado de acordo com o projeto aprovado - ocorreu em 06/07 e o processo que tramita na 9ª Promotoria de Justiça estabelece o prazo para conclusão do asfaltamento até 14/8.

Inconformado com as constantes interrupções e a falta de clareza das informações prestadas, o morador Waddell Stephan Luz procurou a Secretaria Municipal de Infraestrutura onde foi recebido pela engenheira Deny Simonaggio. Ela confirmou que a MRV estava sendo notificada pela obra em desacordo técnico com o projeto. A empresa contratou a STAVIAS para a execução da tubulação e sarjetas, mas o serviço foi feito sem o berço da brita que minimiza infiltrações, sem obedecer ao ângulo de escoamento longitudinal e transversal e com sarjetas de 24 cm (fora do padrão), informou a engenheira. 

Enquanto isto, moradores convivem com um pó vermelho, fino, que além de invadir as casas, causam problemas de saúde, como alergia ao pó e rinites, comenta Waddell. Outro morador, Leandro Abrão, também procurou informações para a interrupção do trabalho e reclamou que “a rua está cheia de entulhos e uma sujeira impressionante, além da terra”. Fernando Zaccagnini também reside nesta rua e lamentou sobre a irregularidade das obras: “continuamos sofrendo com a terra vermelha entrando nas casas, além do ar insuportável e acesso difícil para carros e pedestres”.

As obras de infraestrutura na Rua Luís de Pádua começaram no dia 26 de abril deste ano, depois de vários adiamentos pela MRV, que assumiu em 2014 a responsabilidade pelas obras de infraestrutura, drenagem, galeria de águas pluviais e pavimentação da via. A empresa construiu quatro Villages na rua entre 2006 e 2009, mas os moradores tiveram que entrar com uma ação no Ministério Público em 2011, mostrando a infraestrutura prometida durante a venda das unidades e os problemas vivenciados pela falta de pavimentação.  

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